quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

O Hip Hop na ONG Ação Educativa


A ONG Ação Educativa foi fundada em 1994, tendo como missão promover os direitos educativos da juventude, através de projetos culturais e educativos que garantam, também, a sustentabilidade social. Localizada na rua General Jardim, nº660, o prédio também serve de sede para outras ONG’s: ABONG e Fundo Brasil de Desenvolvimento Humano. Para realizar suas atividades a ONG conta com apoio de parceiros nacionais e internacionais. Nesse site há uma lista de todos os patrocinadores nacionais e internacionais: www.acaoeducativa.org.br.
A ONG Ação Educativa ganhou importância como ponto de encontro permanente para as atividades ligadas ao hip-hop, incentivando a realização de trabalhos na área da cultura e da educação voltados para a inclusão de populações marginalizadas e/ou discriminadas e a conseqüente apoio às lutas pela efetivação de direitos negados.
No que diz respeito à cultura de periferia existe um apoio bastante intenso para as atividades realizadas por hiphoppers. A ONG Ação Educativa apóia as iniciativas dos jovens do hip hop desenvolvidas nas periferias da Grande São Paulo (principalmente através da divulgação na Agenda Cultural da Periferia), além de ceder seu anfiteatro para a realização de atividades no centro da cidade. Este pequeno anfiteatro foi construído no piso térreo do prédio. A cultura de periferia é representada no espaço da Ação Educativa por uma série de expressões: mostra de filmes, saraus de poetas e MC’s periféricos, eventos de hip hop, rodas de samba, encontros e oficinas de dança, discotecagem e grafite.

Suburbano no Centro, organizado por Alessandro Buzo.

Voltados para o público do hip hop existem encontros mensais, anuais e os que são eventualmente realizados. Como por exemplo: Suburbano no Centro (organizado pelo escritor Alessandro Buzo durante alguns meses por ano, onde se apresentam grupos de RAP); Sarau do RAP (organizado mensalmente pelo poeta Sérgio Vaz, apresenta poetas da periferia e mc’s); Hip Hop de Câmara (realizado semanalmente pelo rapper Panikinho, são ensaios semanais de grupos de RAP e Dj’s); encontros flutuantes.
Esses encontros acabam culminando em um grande evento, geralmente realizado no mês de julho, denominado “Semana de Cultura Hip Hop”. Durante as tardes e noites desta semana acontecem oficinas, saraus, palestras, apresentações englobando os elementos da cultura Hip Hop.
Algumas das informações que apresento nesse texto foram prestadas por Eleison Leite, coordenador da Agenda Cultural da Periferia. A Agenda Cultural da Periferia apresenta a programação das expressões periféricas na Grande São Paulo, nos bairros, e no centro da cidade organizadas por capítulos: Hip-Hop, Samba, Cinema e Vídeo, Literatura, Grafites, Outras Cenas e A Periferia no Centro.
O intuito do boletim é favorecer a circulação de informações sobre a produção dos agentes culturais da periferia e fazer com que pessoas (que não são moradoras da periferia ou moradores de outras periferias) possam circular e freqüentar os espaços culturais nos bairros mais afastados.
Alguns eventos são realizados nas periferias e por jovens dessas áreas. Posteriormente, os organizadores passam a realizá-los também no centro da cidade, contando com o apoio e ocupando o anfiteatro da Ação Educativa para as práticas da cultura hip hop. Isso mostra que o hip hop é uma cultura que não ficou restrita a periferia. Ele nasceu no centro e continua no centro, tendo como alvo e produtores os jovens de periferia que circulam no centro da Cidade.


O site da Agenda da Periferia é: http://www.acaoeducativa.org.br/agendadaperiferia/

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