Por João Batista Soares de Carvalho
Tenho lido sobre o aparecimento de três grupos de atores sociais ligados ao RAP e ao Hip-Hop. Os operadores originais (b.boys, b.girls, rappers, grafiteiros, djs, etc.); pesquisadores do movimento (oriundos da periferia, é claro!) e escritores da literatura marginal. Esses três grupos têm um papel importante como produtores de um conhecimento da periferia, para a periferia. Eles estão projetando, como intelectuais da própria camada social, uma sociedade na qual os que estão na periferia comandarão. Os impreendimentos intelectuais e comerciais desses três grupos apontam para isso. Eles passaram a ganhar (conhecimento e dinheiro) com o RAP e o Hip-Hop.
Tenho lido sobre o aparecimento de três grupos de atores sociais ligados ao RAP e ao Hip-Hop. Os operadores originais (b.boys, b.girls, rappers, grafiteiros, djs, etc.); pesquisadores do movimento (oriundos da periferia, é claro!) e escritores da literatura marginal. Esses três grupos têm um papel importante como produtores de um conhecimento da periferia, para a periferia. Eles estão projetando, como intelectuais da própria camada social, uma sociedade na qual os que estão na periferia comandarão. Os impreendimentos intelectuais e comerciais desses três grupos apontam para isso. Eles passaram a ganhar (conhecimento e dinheiro) com o RAP e o Hip-Hop.
Tomemos como exemplo a burguesia, que quando era revolucionária, também tinha seu corpo de intelectuais, que projetou e estabeleceu seu rumo em direção ao poder. Porém, ainda existe algo que está atrapalhando o favelado, aquele que é de periferia, a perceber o RAP e o Hip-Hop como cultura de tomada de consciência por parte do povo pobre.
Existem muitos, inclusive entre os da periferia, que confundem, que se equivocam e até deturpam a cultura. Tomam, principalmente o RAP, como trilha sonora do crime. Por isso, é importante que mais integrantes mostrem que as ações do Hip Hop e da Literatura Marginal podem ser instrumentos de transformação política e social, que podem contribuir para a formação de um grupo intelectual da periferia, em defesa dos da periferia, pela libertação e consequente subversão da ordem social.
Têm muitas pessoas trabalhando para isso, seja no palco com o microfone, seja nas aulas junto aos jovens, seja escrevendo e expondo suas ideias.
Escreverei mais sobre a força dos intelectuais da periferia.